Entenda as diferenças entre reboque e semirreboque, bem como o funcionamento e a classificação desse equipamento
Atualmente, além dos carros de uso pessoal (de passeio), os veículos utilitários dominam o cenário das vias. Para mais dos modelos relativamente compactos, você provavelmente já viu também um semirreboque.
O semirreboque é um equipamento extremamente comum no segmento utilitário, que possibilita o transporte de carga. Porém, não são todos que sabem realmente quais as suas características e funções, embora provavelmente já o tenham visto em circulação.
Confundir diferentes desenhos é normal, pois termos parecidos, como “reboque” e “semirreboque”, podem causar estranhamento. Nesta matéria, você irá conferir a explicação ampla do semirreboque, sua diferenciação com outros equipamentos e, ainda, entender seus diversos tipos.
O semirreboque é um transporte de carga independente, que precisa de tração externa para se mover. Essa tração só pode ser proveniente de uma unidade tratora, isto é, um caminhão trator, do tipo cavalo mecânico.
A justificativa é objetiva: o semirreboque precisa do auxílio desse veículo para conseguir apoio e sustentação. Logo, sua remoção do transporte não é tão simples, precisando ser desacoplado.
Por estar tão próximo da parte mecânica, ele sofre impactos durantes o trajeto. No entanto, também é capaz de carregar grandes cargas, muito mais do que o reboque.
Esse modelo se diferencia drasticamente, por exemplo, de um caminhão básico tradicional, já que o segundo é uma versão inteira, uma unidade sólida que não se desagrupa.
Em suma, vale ressaltar que a presença do semirreboque é marcante no Brasil, o qual, segundo o IBGE, contabiliza um total de quase 1 milhão de unidades desse viés.
A principal função que o modelo em foco exerce é, sem dúvidas, o traslado pelo território interno (entre regiões brasileiras) e externo (visando mercados estrangeiros) de mercadorias.
Tornando esse âmbito mais específico, existem diversos tipos de carretas semirreboques, de acordo com o que estão carregando, adaptadas para atender a atividade da melhor maneira.
A maioria dos nomes já são autoexplicativos, mas segue lista com os principais e o que cada um transportam:
O reboque é um veículo também voltado para o transporte de cargas, estruturado por uma superfície de carga, um suporte metálico e rodas. Só ganha funcionalidade quando enganchado em um automotor – podendo ser um carro, caminhão, trator etc.
Também conhecido como “atrelado” ou “carretinha”, esse item é muito usado no setor rural, em fazendas, para o transporte animal. Podem, ainda, ser conectados a semirreboques para a execução de atividades agrícolas.
Em certos países, também podem ser vistos com função de carregar itens em viagens de carro, por exemplo.
Há vários acessórios que podem ser adicionados a um reboque, caso seja do interesse do proprietário e condiga com o local em que o item circulará. Por exemplo: estepe; engates; faixa sinalizadora reflexiva; freios de estacionamento; lanternas; parachoque; paralama; setas, entre outros.
Ao ouvir os dois termos, ocorre uma dúvida muito comum quanto à distinção entre ambos, e qual a função exata de cada. Nitidamente, o que mais os diferencia é a forma de encaixe, além da sua função. Entenda:
Reboque: é uma unidade independente, que consegue se equilibrar mesmo sem o engate do veículo, por conta dos seus eixos, sempre totalizando dois ou mais. É engatado atrás de um automotor e, na maioria dos casos, suporta cargas menores.
Semirreboque: precisa ser acoplado ao caminhão trator, por meio de um encaixe universal. Pode ter menos de dois eixos, normalmente variando de um a três, e nem sempre consegue se equilibrar sozinho. Suporta grandes cargas.
Alguns modelos fazem enorme sucesso no mercado nacional, justamente por serem veículos pesados e pela ampla atuação do agronegócio no Brasil. Seja para o transporte de mercadoria entre regiões do país ou visando a exportação, essas máquinas são fundamentais.
Entre os mais vendidos nesse setor, temos o Volvo FH, da fabricante sueca, lançado mundialmente desde 1993. A importância desse exemplar vai além: enquanto caminhões desse tipo (semirreboque) eram pouco populares no Brasil dos anos 90, o FH foi um dos propulsores da categoria de extrapesados e altas cargas, embora seja apresentado em múltiplas versões.
Seu pioneirismo também se deu por ter sido o primeiro com gerenciamento eletrônico do propulsor e, ainda, ter mudado a concepção do cabeçote.
Atualmente, em um mercado mais atualizado e competitivo, alguns de seus principais concorrentes são o Scania R 450, além de unidades da linha Actros da Mercedes-Benz.
A atuação desses modelos e do semirreboque está, sem dúvidas, relacionada à expansão comercial brasileira, possibilitando que os mais diversos produtos fossem transportados adequadamente – remédios, cosméticos, laticínios, grãos, frutas e máquinas.
Uma curiosidade é que os equipamentos de reboque e semirreboque são, por engano, associados ao guincho, tendo em vista que, ao solicitar o serviço, diz-se que o veículo está sendo “rebocado”.
Entretanto, fala-se de um equipamento diferente dos reboques, um veículo que, ao contrário dos anteriormente citados, tem como função puxar ou elevar cargas por meio de tração. É uma unidade, um só veículo, não importa se há algo que precise de tração na parte traseira.
Portanto, o guincho é composto por um rolo, com um cabo de aço extremamente resistente, conhecido como sarilho. Outros exemplos dos que podem ser denominados como “guincho” são modelos que conseguem rebocar veículos incapacitados, sendo hoje uma ferramenta primordial.
Dessa forma, trata-se de um excelente auxílio para carros que pararam de funcionar, como em situações de pane seca, elétrica ou acidentes. Na maioria dos casos, o acesso a esse serviço está incluso no contrato feito com a seguradora, tendo em vista sua indispensabilidade.
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